A Mulher Aquariana

Por Shabad Kaur Khalsa e Shiva Singh Khalsa – www.3ho.org Yogic Living

Tradução: Lais Guru Suroop Kaur

    A força do feminino cresce e decresce, talvez como os ciclos lunares. Yogi Bhajan disse que os movimentos de mulheres não necessariamente nos empoderava porque introduziam expectativas não realistas. A mensagem destes movimentos era que, para ser uma mulher de sucesso, ela deveria competir, pensar como um homem e, essencialmente, submeter-se ao modelo masculino.

      Enquanto as Eras fazem sua transição, podemos ver o potencial para reabraçar o poder da mulher. Na Era de Aquário, nosso foco é “ser para ser”, mais do que “fazer”, que é mais masculino. A frase chave do signo astrológico de Aquário é “eu sei”. Esta é a Era da Informação, disponível no toque de nossos dedos e onde nada é segredo. Enquanto a Era de Peixes era organizada numa estrutura vertical de hierarquia, a Era de Aquária é organizada em redes horizontais, baseada em relacionamentos, abrindo o mundo para maior igualdade.

     O símbolo arquetípico da mulher é um círculo. Ela é circular, vasta e doadora em sua projeção e natureza. Diferente do homem, que é unifocado, a mulher olha para tudo e são tecelãs, tecendo os princípios de inclusão, cooperação e harmonia.

     Segredo? Muitos estudos históricos no Ocidente têm apagado a história feminina nas culturas matriarcais do mundo. Em muitos registros históricos, o Divino era um modelo feminino.

    A Era de Peixes foi única de muitas maneiras – Deus era masculino. Profundos conhecimentos da maneira de ser feminina foram ignorados, marginalizados e considerados fracos ou emocionais.

    Em contraste, o feminino divino é o princípio criativo da vida. Enquanto uma consciência mais rica e mais profunda emerge, apoiamos testemunhar para as gerações de mulheres empoderadas, as contrações do parto – especialmente as dores e desafios.

     O Acampamento de Mulheres Khalsa iniciou em 1976 e tinha como objetivo fazer uma profunda celebração da energia Shakti, O Acampamento nunca falhou  em criar um círculo de amizade enquanto as mulheres trabalhavam e brincavam juntas, num espírito de apoio, mutualidade e cooperação. Nossa pureza e inocência foi reconhecida no abraço da Mãe Natureza e fez nascer o melhor em nós, o que carregamos para nossas vidas diárias.

     Mulheres conscientes reconhecem que são mais fortes que os homens. Como poderia algo maior sair de algo menor? As mulheres incorporam a vida – elas são vastas, expansivas, a Shakti – a vastidão de Deus de todas as formas. Elas são empoderadas por sua verdadeira natureza – a graça de Deus – dignidade, força e sacralidade.

     Quer testar seu poder, como uma mulher, em relação aos homens? Aqui está um exercício muito revelador.

    Fique em pé de frente para um homem que deve estar com um braço paralelo ao chão. Pressione firmemente para baixo o braço dele, enquanto ele resiste à pressão, para estabelecer a linha de base da força dele. Ele deve estar olhando à distância.

     Num segundo teste, olhe para ele diretamente nos olhos, pressione novamente e veja que o braço dele perde a força. Acontece sempre. Estima-se que o olhar direto de uma mulher  pode enfraquecer o homem em 60%. Melhor ainda é olhar para o Terceiro Olho dele para inspirá-lo. Por sua vez, isto provê um sentimento de relaxamento e segurança para as mulheres. Para os homens, olhar para o Terceiro Olho dela, ajuda que ela se mantenha neutra e forte.

     Cura infinita acontece quando a sabedoria feminina é combinada com a consciência masculina, reconhecendo que a plenitude na vida pode ser alcançada, trazendo equilíbrio e esperança.

     Há um shabad especial chamado Bhand Jamiyai, de Guru Nanak, que celebra as mulheres e estabelece claramente que não faz sentido considerar a mulher como inferior ao homem, uma vez que homens e mulheres nascem de uma mulher e, sem a mulher, só existe Deus!

“Sem o princípio feminino, o mundo seria apenas um mundo estéril, extremamente solitário e sem nenhuma cor. O colorido, a alegria, o ritmo, a harmonia, a música é criação, não do homem, mas da mulher”.

Ensinamentos de Yogi Bhajan 28.06.93

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